Quem sou

 

Nasci em São Paulo, prematuramente, aos oito meses de gestação, numa 5ªfeira de lua nova, sob o signo de sagitário com ascendente em libra.

Meus pais eram cantores líricos e se conheceram numa romântica ópera de Puccini.  Minha mãe, Hercilia Block, foi considerada uma das maiores intérpretes da ópera Madame Butterfly, de Puccini, e meu pai, Manrico Patassini, foi o primeiro tenor a gravar "O Guarani", de Carlos Gomes.

  Contaram-me que, quando foi chamado para o hospital, no dia do meu nascimento, papai estava vestido e maquiado de palhaço, pois acabara de representar um trecho da ópera "Pagliacci", de Leoncavallo, na antiga TV Record e não tivera tempo suficiente para se arrumar, antes de me dar as boas-vindas. Acostumado a navegar no líquido amniótico da terra, foi na marinha  italiana que descobriram sua voz.

No horóscopo chinês sou do signo de galo - e ainda por cima, de fogo (sai de baixo!...rs)! Levo esse signo num "mano a mana" com meu irmão Eduardo, que constrói poeticamente sites e ilustrações, inspirado nas cores vibrantes de poderosos galos de briga, que ele protege contra a extinção e os maus-tratos. O tempo mais importante para ele é medido pelo canto dos galos, quando o sol nasce e o dia amanhece...

Meu padrinho de batismo era mágico, ilusionista, e meus tios, com quem vivi grande parte da primeira infância, eram músicos. Nesse contexto, de cantos e de encantos, sons e cores, não vejo maneira mais poética e lírica de ser apoiada na vida!

Todas as mulheres importantes, que cruzei em meu caminho, sempre foram extremamente intuitivas e cheias de magia. A começar por minha mãe, que sempre foi a maga mais camaleoa, capaz de se metamorfosear em incontáveis personagens femininas: Tosca, Manon, Mimi, Butterfly... E até Branca de Neve!

 Talvez por tudo isso, ser mulher para mim é mágico, lúdico e poético, como muitos dos símbolos que são associados, em nossa cultura, às representações do feminino: fontes, labirintos e grutas misteriosas, o cheiro da terra regada pela chuva, o brilho da lua...

Minha dissertação de mestrado em Comunicação em Semiótica (PUC/SP) também é voltada para esses símbolos, através do mito de Deméter e Perséfone. Minha escrita é tintada de lua Lilithiana e por ela me resgato mulher e me redescubro continuamente na ficção da literatura infanto-juvenil e adulta, onde já aportei em algumas publicações livrescas alternativas e na academia.

Bacharelei-me em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Libero e me especializei em Sexualidade Humana pelo saudoso Ieros (Instituto de Estudos Interdisciplinares sobre Relações Sociais de Gênero) da PUC/SP.

Ganho a vida como jornalista e aspiro por um jornalismo holístico em que não falte uma perspectiva ecofeminista de mundo.